Pensar quem sabe um caminho
Sem sois tristes repousados
Suar a prece amanhecida
Sequer luares amontoados
Quem sabe mar de chamas ventadas
Aos pés de um adeus calado
Um mar revolto endiabrado
Como ventania de mares sonhados
E soçobrar, a beira, encharcado
De sol, mar, suor e prece
Soçobrar à lua imensa partida
Dito fragmento perdido
Incrustado
No fundo dos olhos que avistam
O caminho de tanta ironia
Quem sabe pensar um sorriso
Que sorria para si e para os deuses
Não com os dentes à mostra, imprecisos
Mas narcísico e onisciente
O próprio riso divino
De tão menino seguindo sois, luas, martírios
Tão canino sorrindo prá lua
Tímida entre nuvens em desalinho
De tão contínuo
Caminho.