domingo, 6 de maio de 2012

PARSIFAL 84

Ouçam de Santana um oitenta e quatro arpejado num clássico de canhoto faminto; 
Xangô gregoriano auscultado nas fábulas do bares.
Ouçam o latido do cão danado que em silêncio ateia fogo ao colosso de Orwell e nas magias do municipal vigiado a cada drama.
Ouçam todos os detalhes de sua composição sonoro-arquitetônica, que vibra em todos os nomes da face do homem que Wagner chamou Parsifal.
Ouçam o capanga da arte que se move magro entre árvores de sombras desmaiadas,
por entre descendências bêbadas que conspiram versos e sons, enquanto o instinto espia o silêncio.
Ouçam de Santana as óperas imaginadas e tão docemente irradiadas pelos olhos do
cão amigo
Xangô
Parsifal.

Tela de Jean Delville: "Parsifal"

2 comentários:

Fabrício Brandão disse...

Fiquei buscando na mente aquele Parsifal afastado das agruras do mundo por sua mãe. Aqui, teus signos nos deslocam para outros lugares. Bravo, querido!

ONG ALERTA disse...

Boa semana abraço Lisette.

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