domingo, 27 de fevereiro de 2011

Inocência

Pensar quem sabe um caminho
Sem sois tristes repousados
Suar a prece amanhecida
Sequer luares amontoados
Quem sabe mar de chamas ventadas
Aos pés de um adeus calado
Um mar revolto endiabrado
Como ventania de mares sonhados
E soçobrar, a beira, encharcado
De sol, mar, suor e prece
Soçobrar à lua imensa partida
Dito fragmento perdido
Incrustado
No fundo dos olhos que avistam
O caminho de tanta ironia
Quem sabe pensar um sorriso
Que sorria para si e para os deuses
Não com os dentes à mostra, imprecisos
Mas narcísico e onisciente
O próprio riso divino
De tão menino seguindo sois, luas, martírios
Tão canino sorrindo prá lua
Tímida entre nuvens em desalinho
De tão contínuo
Caminho.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que escritor de mão cheia, vc. se tornou, parabéns!!!!!!!!!!!
Vc. faz um bem danado para a alma.

Um fã disse...

Posso falar com toda convicção.....
Vc. é muito bom.
Bjs!

Anônimo disse...

fazia tempo que não passava por aqui...como sempre superb !

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