quinta-feira, 25 de junho de 2009

À TERRA DO NUNCA

Fiquei do começo da noite até agora pensando no que escrever...um poema, uma frase de efeito...uma bobagem qualquer que encantasse pelo tom emocionado...até que resolvi escrever o que viesse à telha...
1973, eu tinha onze anos. No rádio, uma canção teimava em me lembrar o quanto eu estava apaixonado...era a minha primeira paixão...avassaladora...a canção Music and me...a garota nunca soube...quem sabe por um destes milagres tecnológicos saiba hoje ou por estes dias o quanto fui apaixonado naqueles dias...agora já não é segredo...36 anos...puxa, parece que foi ainda agora...Lilian era o nome da garota...Michael, o nome do garoto que cantava no rádio, um pouco mais velho, 14 anos...e apesar da pouca idade, o conhecia há tanto tempo...tinha até desenho na TV! Jackson Five...às vezes eu ia à janela do meu quarto, deixava o rádio ligado e esperava a canção...quando tocava, olhava na direção da casa dela e ficava ensaiando as palavras que seriam ditas quando, finalmente, criasse coragem para pedi-la em namoro...nunca pedi...de qualquer forma Music and me foi a canção daqueles dias, dias tão doces...doces como a voz do garoto que cantava no rádio...acho que por isso nunca esqueci...
O garoto foi hoje à terra do nunca...acho que vou à janela...olhar um pouco para aqueles dias...dias tão doces...

8 comentários:

Elvira Carvalho disse...

Talvez por não saber inglês, nunca fui muito apaixonada pelo Michael.
Mas o meu filho há muitos anos atrás quando era menino adorava, e até gostava de dançar as coreografias do cantor que era o seu ídolo.
Também fiquei triste, porque me lembrei desses dias.
Um abraço e bom fim de semana

Tato Skin disse...

Como não ter doces lembranças deste cara que faz parte de todas as etapas da nossa vida!
Mr Michael Jackson
Teu texto emocionou...
abç

Unknown disse...

Oi Sérgio! Infelizmente não poderei ir... Estou em Campinas e acho que só volto a pisar em Sampa lá pelo dia 08 de julho... Senão, JURO que ia e te contava tudo!

Sobre seu texto aqui, me emocionou. Bastante. Não pelo Michael, que sinceramente não gostava (não só pelos escândalos que marcaram sua vida e que acho fortes demais para serem esquecidos, mas especialmente por ser o negro que mais rejeitou a própria cor). Sua história emocionou por você, pela Lilian, e pelas reticências entre vcs, guardadas na janela daqueles dias doces e distantes...

Um beijo n´alma com carinho!
Bia

Vanuza Pantaleão disse...

Amigo, querido amigo!
Há pouco tempo atrás, eu falava no homem e mito Elvis que comoveu e sacudiu minha geração.
Esse moço que partiu ontem, rumo à terra do nunca também NUNCA deixará de povoar nosso inconsciente. Os Artistas são assim: chegam, trazem o seu recado e partem sem nos dizer um simples adeus. Ficamos "passados", mexidos por dentro e as comportas das lembranças se abrem...
Palavras gentis para o meu poeminha...
Você, sim, Sérgio, é MUITO GENTE!!!

Graça disse...

Nunca gostei muito do MJ, mas tenho a dizer-te que este foi o post, de tantos que li por aí, que mais gostei, sobre a sua ida "para a terra do nunca".


Beijo meu

f@ disse...

Olá Sérgio,

Esse teu modo único de ver e dizer o que sentes...

mto bom...mas volto amanhã para te ler de novo....

imenso beijinho

Fabrício Brandão disse...

Compartilho contigo, meu caro, essas reminiscências intensas do algo que chamo de memória afetiva. Michael tem esse sabor pra mim, oriundo de uma infância fantasiosa e despretensiosa, que foi a minha.

Abração!

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Bonito texto, caríssimo! Quem seríamos nós, se não fôssemos construídos, tecidos, tramados, por nossas tantas lembranças, memórias passadas e sonhos, projeções para o futuro? Que nosso presente seja pleno e pintado destes tantos tons! Beijinhos alados.

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