domingo, 5 de fevereiro de 2012

A voz da solidão

Duvidei e pouco depois a distância se acabou contra a parede, sombra acachapada no silêncio turvo, quase distração de olhos cansados de madrugada e inquietação.
Virar-me e compreendê-la ao toque, percorrê-la quase sem forças tal qual um mensageiro de longe, um visionário de vistas vazadas de luz e despenhadeiros abertos, custou-me um fim de tarde perdido pela janela da frente, a mesma na qual debruçastes tantas vezes a ver o revoo brilhante das andorinhas e o murmurinho distante da solidão.
Ater-me às conjunções astrais, ao desvario dos bólidos que se julgam capazes de galopar tais corcéis de zombaria, fez-me compreender que amar é mais como um beija-flor que na sua pequenez aventura-se solar, espraia-se alado bico amante aconchegado ao gineceu da tua descoberta, como eu, de ti aprendiz.






6 comentários:

conduarte disse...

Estive aqui, vendo seu trabalho, bonita a imagem do fundo, poema bonito também... voltarei mais vezes...
um bj, con

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Lindo e delicado texto, querido amigo! Propicia encantamento e reflexão. Sugiro aumentar o tamanho das letras, sim? Abraços alados e bom domingo!

Anônimo disse...

bueno bueno, algo compartimos gota d agua...
ay ay, siento en el corazón cada precisa palabra, cuando me convidas...y cuando no! realmente me ENCANTA CÓMO ESCRIBES! muchas gracias, por comparti y comentar en mi blog
un abrazo
lidia-la escriba
blog actualizado!

vania disse...

que texto incrível caiu como uma luva sinceramente fico extremamente agradecida pela suas escritas boa semana e que te traga mais inspirações sempre bjs ...

Elvira Carvalho disse...

Um texto intenso e apaixonante, onde pontuam frases de extrema beleza.
Um abraço

ONG ALERTA disse...

Amar é viver...
Abraço Lisette

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