Deixei que a mão pousasse seus pássaros de inquietação na estampa sobre a coxa
e adivinhei calores de um corte preciso
Um corte preciso espalhou-me à vista pelas bancas
Depois correu os olhos nos nacos úmidos resolvendo que as vísceras tornar-se-
iam ilusões
Venderam-me em porções, filés, pedaços inteiros
Chamaram-me pelo preço e o que sobrou
Fartou cães, catadores e pássaros inquietos.
Fotografia de Vladimir Fedotko
11 comentários:
Manhãs de domingo precisam de tramas. Passei e deixo e um beijo.
Maravilhoso texto, versos intensos e imagem bem escolhida.
O desejo de predador ronda o sonho,sim, então, melhor transformar nosso pouco sem sucumbir ao pesadelo que esse mesmo desejo provoca.
Bem forte tudo aqui, Sérgio.
Bjs e bom domingo.
Oi, Sérgio, muito bom esse blog.
Valeu mesmo.
Abraço grande.
humm...
intenso!!
cara de manhã de domingo
Gostei do texto. Muito. E do novo look do blogue. Parabéns Tudo muito bom.
Um abraço e uma boa semana
no hay palabras,mi querido compañero de letras, para este bello poema...no se...me toco el corazon!
gracias!!!!!
un abrazo
lidia-la escriba
actualizado mi blog
e ai sergio........beleza!
De cara já pirei na imagem inquietante.........e acho que foi a mesma coisa contigo, pois o texto parece ter sido fruto da viagem na imagem.....
abraços.
adorei tudo que escreve e muito profundo bjs e abraços tenha uma ótima semana
Poema visceral, Sérgio! Bravo!
Abração
Aos nacos, todos os domingos, nossas ilusões desaparecem na feira livre, vendidas a preços de ocasião.
Meu escritor favorito só poderia ser o dono da Trama Bacana, Sérgio Luyz da Rocha...Serginho.
Feliz e Iluminado Natal, amigo!!!
Postar um comentário