sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Bossa nova

(ou, dentro do cineclube lembrei que nunca te esqueci)
O cinema à frente das retinas
Não mentia sobre a luz
De fato, brilhava esperançoso dentro da viagem dum passado inventado por sobre casarios chuviscados

Via o mundo que então nutria jardins encantados rosas, margaridas e dálias e nenhuma mulher pra mim
Nenhuma chance de inocência lamurienta quando a menina descesse as escadas, arrependida, ou acontecessem coisas à flor da pele aterrada na eletricidade incontida de quando você
Linda de uma dor em mim

Passasse a caminho de um mar que só mesmo Vinicius e Jobim
Linda e distante andante num verso Caetano
Itinerantemente linda assim em versos que nem fiz por absoluta falta de juízo e uma profusão de cenas sem edição
Era quando um cochicho pouco mais audível perto do fim da tarde me trazia um café, um sorriso, e o mar se afastava róseo
Quem olhava trespassava
Ia embora e fim.

13 comentários:

Paula Crespo disse...

Um belo poema de bossa nova. Já ouço o som...

Selena Sartorelo disse...

Uma Nova bossa.
Um sentimento antigo que a cada momento é vivido como se fosse pela primeira vez e é quando de fato é sentido e percebido
por esse mundão.

abraços,

Selena

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Lindo poema, pungente e musical, amigo das letras pulsantes!... Faz tempo que não apareço, apenas por falta de tempo de visitar todos os blogs que aprecio, e não por falta de vontade! Sempre que posso, gosto de passear de novo pelos jardins de letras e imagens, e desfrutar da mágica da linguagem , com suas tramas de sentidos e sentires... Abraços alados!

Jacinta Dantas disse...

Rapaz!
que bonita essa composição sentida, de idas e vindas, sentida de novo, no novo que há de dor e alegria do viver pulsante, em tramas bacanas nas redes do coração.
Um abraço

mundo azul disse...

...deliciosos devaneios!

Adorei o seu texto!


Beijos de luz e um final de semana muito feliz...

Sr do Vale disse...

Sérginho, meu mano.
Um poema minimalista ao som de Jobim, acho que o Mamão faria dessa nova bossa como disse Selena, um som que cantariamos a exaustão ou quem sabe uma música de Yoio, para festas da rapaziada.

Quantas coisas vividas e não editadas, quantas mudanças de tons, quantos atonais.

Um grande abraço meu amigo Sérginho.

eder ribeiro disse...

como é bom se perder por suas tramas, pois vc versa líricamente. abçs.

f@ disse...

Olá Sérgio,
Jardim encantado nas dunas… sorriso e o entardecer florido à beira mar…

Admirável texto/poema … canção das ondas…

Beijinho até às nuvens

Cristiana Fonseca disse...

Olá Sérgio,
Linda Bossa nova, belas palavras, encanta os olhos e alegra o coração
Abraços,
Cris

Anônimo disse...

Poemas bonitos.
Alguns não vou esquecer.

Abraços
Sandra

Fabrício Brandão disse...

Há um quê de cinematográfico nas falas de então. E esse texto refletindo sensações bossanovistas se traduz em atmosfera sublime.

Abração, querido!

Oliver Pickwick disse...

Com batida de violão a la João Gilberto, ficaria linda na voz de Nara Leão. Ainda por cima, não desafinou.
Um abraço!

P.S.: andou sumido, hein camarada?

Stella Petra disse...

Querido amigo Sérgio,
2009 Será um ano em que desejo à você, que continues aprendendendo a acertar o passo de sua dança, e assim construir uma coluna que ligará seu coração até o céu...

FELIZ 2009

Carinhosamente
Stellinha :)

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