domingo, 18 de setembro de 2011

Outras coisas de dizer e algumas para nem escutar

"NINFA AZUL SONHANDO"
...talvez um licor dito de surpresa na oferenda de um fim de tarde chuvoso, correndo às pressas sob guarda-chuvas que teimam alados enfeitando o assovio do vento e dizer que sim, aceito, aprecio tanto tamarindo ainda mais gravitando leis de escuta e dizeres improváveis, contando chuviscos na janela e passos pela rua; e dizer que talvez te peça emprestada a tiara e adorne o alto dos meus sonhos para nunca mais acordar assustado. Mantê-la nua emoldurada às telas que abro com as mãos que antes um minuto a tocara num frêmito de imaginações. Dizer que a sombra descaída revela frases imagéticas ou fotografa suspenses descortinados entre um filme despigmentado e a chance única de dançar na lua passos de um Nijinsky astronáutico. Dizer de um amor em plano sequência dançado entre os astros escapulidos da criação e amar a dança soerguida plástica na nudez amanhecida dos corpos desmaiados. Dizer de um acordar sem hora e sem lugar só porque resolvi virar-me antes que as plateias desiludidas acordassem do transe sujo e tomassem o rumo do cu do mundo como se o acaso clareado lá fora fosse uma estrada de romeiros gretados expiando os meus e os seus pecados. Dizer que há uma fada adormecida à entrada do teu santuário e que só o sonho outra vez sonhado a faria em ninfa transformada, é tão menos visceral que a certeza fincada nas palavras que calo agora para que durmas no fundo da canção que não fiz. 

Pintura "Ninfa azul sonhando" de Ana Luisa Kaminski

domingo, 11 de setembro de 2011

10, 66...

Haverá um pai para perdoar a quem o tenha ofendido?
E um pai que o perdoe as ofensas?
10
66
Quantos anos depois?

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